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Compulsão alimentar

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Updated: 20/09/2023
Tempo de leitura 3 min.

Sumário

Os alimentos são necessários para manter a nossa saúde. Eles são a fonte de nutrição do organismo. No entanto, algumas pessoas têm uma relação distorcida com a comida, como acontece nos quadros de compulsão alimentar.

O que é compulsão alimentar?

A compulsão alimentar é um tipo de distúrbio psiquiátrico que se caracteriza pela ingestão exagerada de alimentos. A pessoa que tem esse problema come em excesso mesmo sem estar com fome e ainda sem ter a necessidade física do alimento.

Essa condição também é chamada de Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP). Durante o ato compulsivo, a pessoa tende a comer muito rápido, às vezes, mesmo sem mastigar, até que consiga alcançar a plenitude. Isso é feito de uma forma inconsciente e não tem relação com as qualificações intelectuais do indivíduo. 

Depois dessa ingestão exagerada, pode acontecer de a pessoa se sentir esgotada e culpada por aquilo que fez. No entanto, ela não adota medidas compensatórias, como acontece com a bulimia nervosa (onde a pessoa induz vômitos ou diarréias, com o auxílio ou não de medicamentos).

Quais são os sintomas de compulsão alimentar?

Antes de tudo, é importante entender que existe diferença entre a compulsão alimentar e o ato de comer relacionado ao estado emocional. Pode acontecer de, depois de um dia estressante, a gente descontar a tensão na comida e se alimentar mais do que costuma fazer.

Esse é um evento esporádico que se caracteriza por um exagero eventual. É muito diferente daquilo que acontece em um quadro de compulsão, em que a pessoa não tem controle sobre aquilo que está fazendo e também não consegue mensurar a quantidade de alimento que já ingeriu.

Nesse caso, geralmente são consumidos alimentos mais calóricos, por trazer mais prazer.  Podemos notar ainda outros sintomas, como:

  • comer mais rápido do que o normal;
  • comer após a sensação de saciedade;
  • comer mais mesmo depois de ter ingerido uma quantidade maior do que o necessário;
  • começar a comer sem sentir fome ou ter apetite;
  • comer escondido das outras pessoas.

Além de tudo isso, a compulsão alimentar também pode levar a um quadro de introversão. Ocorre o sentimento de tristeza e de culpa por ter comido demais. E vir acompanhada de outros transtornos como ansiedade e depressão.

Quais são os riscos da compulsão alimentar? 

Como a pessoa se alimenta exageradamente, o organismo sente de forma significativa os resultados da compulsão alimentar. Um dos prejuízos que podem acontecer é a obesidade, que vem acompanhada de todos os riscos que essa condição causa.

Além dela, ainda pode ocorrer:

  • redução da capacidade respiratória;
  • apneia do sono;
  • desenvolvimento de cálculos renais;
  • diabetes do tipo 2;
  • hipertensão arterial;
  • alta do colesterol;
  • gastrite;
  • hérnia de hiato;
  • problemas vasculares;
  • insuficiência cardíaca.

A compulsão ainda favorece outros distúrbios alimentares, como no caso da anorexia e da bulimia. Também pode desencadear transtornos psicológicos, como o Transtorno Obsessivo Compulsivo e a depressão.

Como é feito o tratamento da compulsão alimentar?

O tratamento da compulsão alimentar precisa acontecer de uma forma multidisciplinar. Isso porque, como vimos, o transtorno é psiquiátrico e também afeta a saúde física.

Sendo assim, é importante que o paciente tenha o acompanhamento nutricional, médico e também psiquiátrico. Muitas vezes, é preciso fazer a administração de medicamentos que ajudem a controlar os quadros de ansiedade.

O suporte do psicólogo é indispensável em casos de compulsão alimentar. É essencial que o paciente consiga trabalhar a sua própria mente e estado emocional, com o objetivo de aumentar o seu autoconhecimento e entender os motivos que o estão levando a ter tais comportamentos.

A psicoterapia ajuda a compreender quais são os gatilhos da ansiedade, além de estabelecer medidas, técnicas e estratégias para controlar a crise quando ela surgir. O tratamento pode ser complementado com atividades que ajudam a relaxar e reduzir a tensão, como meditação e yoga.

A prática de exercícios físicos é muito bem-vinda também, uma vez que ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, além de auxiliar no controle do peso corporal, na manutenção da saúde e na elevação da autoestima.

A compulsão alimentar é uma doença como qualquer outra e que precisa de tratamento por trazer grandes prejuízos físicos, emocionais e sociais. Então, ao perceber a manifestação de sintomas, procure a ajuda de um psicólogo para dar início ao tratamento e recuperar sua qualidade de vida.

Angelina Loureiro
CRP 06/92691
Sou formada em Psicologia pela Universidade São Marcos – São Paulo/SP.
Atendimento clínico desde 2008
Veja minha formação completa
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