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Dislexia

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Updated: 20/09/2023
Tempo de leitura 3 min.

Sumário

Trocar algumas letras na hora de escrever ou então substituir um som pelo outro ao falar ou ao ler são sintomas característicos de um quadro de dislexia. Esse transtorno, quando não tratado, pode trazer sérios prejuízos para o aprendizado, já que afeta, principalmente, o desenvolvimento acadêmico.

O que é a dislexia?

A dislexia é um transtorno ou distúrbio de neurodesenvolvimento específico da aprendizagem. Ela afeta a habilidade básica de linguagem e de leitura, por isso, geralmente traz prejuízos para o desempenho acadêmico. No entanto, não existem outras alterações, do tipo motor sensorial ou neurológico, que possam justificar as dificuldades que a pessoa manifesta. 

Ainda não se sabe exatamente o que desencadeia a dislexia. Contudo, o problema pode ser favorecido por múltiplos fatores que, quando associados, desencadeiam essas dificuldades. Elas podem estar associadas, por exemplo, a um problema fonológico (sons da fala).

Quais são os sintomas de dislexia?

Geralmente, a dislexia é diagnosticada quando a criança inicia o período de alfabetização. Isso porque, como dito, esse transtorno causa dificuldades na linguagem e elas costumam ser percebidas quando a criança está começando a aprender a ler e escrever.

Podemos dividir os sintomas da dislexia em grupos, que se manifestam na linguagem oral, na leitura e na escrita. 

Na linguagem oral, a dislexia costuma desencadear:

  • atrasos no desenvolvimento da fala;
  • trocar a ordem dos sons das palavras;
  • confundir palavras;
  • erros de pronúncia;
  • dificuldade de expressão;
  • dificuldade para nomear cores, números e letras.

Na leitura, a dislexia provoca:

  • erro ou dificuldade para reconhecer palavras;
  • dificuldade para decodificar as palavras;
  • dificuldade de compreensão de textos;
  • vocabulário limitado;
  • leitura lenta e incorreta;
  • baixa fluência;
  • inadequação de entonação e ritmo.

Na escrita, os sintomas da dislexia são:

  • dificuldade para produzir textos;
  • omissões de sílabas ou letras;
  • inversão ou substituição de sílabas e letras;
  • erros de ortografia;
  • erros de soletração.

Vale ressaltar que a dislexia apresenta diferentes graus, sendo leve, moderado e severo. Essa classificação é baseada na severidade dos sintomas, ou seja, nas dificuldades de linguagem e de aprendizado manifestadas pelo disléxico.

Como a dislexia é tratada?

Para fazer o tratamento da dislexia, é preciso que a pessoa seja acompanhada por uma equipe multidisciplinar. Essa equipe é composta pelo psicólogo, neurologista, psiquiatra, fonoaudiólogo, oftalmologista, terapeuta ocupacional e ainda outros profissionais que sejam importantes conforme o nível de necessidade de cada um.

Além disso, é fundamental que esse tratamento seja realizado em diferentes contextos, tendo o suporte da escola para que a criança seja atendida com dois métodos de alfabetização: o fônico e o multissensorial. É indispensável um acompanhamento pedagógico com adaptação do plano de ensino, a fim de flexibilizar as atividades propostas em sala de aula para garantir o aprendizado e o maior engajamento do disléxico.

O tratamento continua em casa, já que os pais, familiares e cuidadores precisam apoiar e motivar o disléxico para dar continuidade às ações realizadas na escola e junto à equipe multidisciplinar.

São oferecidos estímulos como a pintura, o desenho, a prática de esportes e instrumentos musicais para favorecer o desenvolvimento da criança. Até mesmo a tecnologia é uma grande aliada, uma vez que podem ser utilizados jogos para treinar escrita e leitura, audiobooks para favorecer a associação de palavras e sons, entre outros recursos.

Psicoterapia e dislexia

Como você viu, o psicólogo é um dos profissionais que precisam integrar a equipe multidisciplinar de tratamento da dislexia. A psicoterapia é indispensável porque o disléxico enfrenta diferentes desafios emocionais.

Muitas vezes, suas dificuldades são encaradas pelos outros como falta de competência ou de esforço. Por isso, esses pacientes podem receber críticas muito duras, o que leva a uma queda da autoestima e dificuldade para manter relações sociais e interpessoais.

O suporte do psicólogo ajuda a enfrentar essas dificuldades, aumentar a autoestima, compreender melhor os próprios sentimentos e emoções, além de saber desenvolver relações sociais mais saudáveis, tendo motivação para continuar o tratamento e sabendo reconhecer cada pequena conquista como uma grande vitória.

Com a psicoterapia, o disléxico ressignifica os seus pensamentos ruins e, assim, apresenta mais disposição e engajamento no tratamento proposto pelos demais profissionais. Tratar a dislexia de forma multidisciplinar é essencial, pois ela envolve muitos aspectos da vida de uma pessoa.

A psicoterapia faz toda a diferença nesse processo, afinal, esse é um problema que não tem cura. Logo, a pessoa precisa aprender a conviver consigo mesma e com suas singularidades para que possa ter mais qualidade de vida e seguir com o tratamento que vai possibilitar vencer suas dificuldades.

Angelina Loureiro
CRP 06/92691
Sou formada em Psicologia pela Universidade São Marcos – São Paulo/SP.
Atendimento clínico desde 2008
Veja minha formação completa
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